quinta-feira, 9 de abril de 2015

Planejamento, mais Planejamento e por fim, Planejamento.

   Ter como meta a realização de um curta metragem, com duração de 1 min. no máximo pode parecer fácil, até fácil demais. Afinal, 1 minuto chega a ser até muito em vídeo, não é mesmo?
   Doce ilusão meu caro leitor!
   Ter de inserir tudo o que se deseja em apenas 1 minuto de vídeo não é só muito, muito difícil, é algo que precisa ser planejado pra que as coisas saiam nos eixos e você cumpra com o proposto.

   Esse foi o desafio proposto em aula pelo professor Camarão, que ministra a aula de Produção de Vídeo II, pela FAAL.

   Iniciamos com o roteiro, que sim, foi bem planejado. Tínhamos a descrição de todas as cenas, o que necessitaríamos pra cada uma delas e onde seriam gravadas. Seguimos o roteiro com algumas modificações, porque dependíamos da luz do sol e esta tem vontade própria (risos). Foram dois dias de gravação em que chegávamos mais cedo à faculdade e realizávamos todas as cenas possíveis antes da alteração da luz do sol.
   Com todas as cenas em mãos, gravadas à partir de um smartphone, era a hora de editar.
   Ver um amontoado de cenas se tornando algo é realmente recompensador.
   Mas, ao longo da edição, notamos que não conseguiríamos manter o vídeo final em apenas 1 minuto. Cortamos cenas (e tivemos mini infartos por isso), aceleramos o tempo (tentando sempre manter o vídeo engraçado e que ficasse claro quanto à sequência do filme) e por fim, nosso vídeo ficou com longos 1 minuto e meio!
   Como queríamos que fosse um relato da aluna, focamos nas expressões faciais ao invés de falas, então inserimos alguns efeitos sonoros ao longo do vídeo.
   
   A experiência foi super válida, porque percebemos que mesmo com todo o planejamento do mundo, você sempre precisa se planejar mais =)

   Então é isso, abaixo tem o nosso vídeo pra que confiram o resultado à que chegamos.
   É o cotidiano de uma aluna que está em um mau dia, com pequenas críticas à instituição de ensino à qual estuda.




Cinegrafista: Thalita Torres
Assistente de Produção: Francisco Santos

Conteúdo desenvolvido como disciplina da matéria de Produção de Vídeo II, pelo professor Carlos André "Camarão". FAAL.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Roteirizando..

   O roteiro é tão importante para a linguagem cinematográfica quanto os demais itens, pois ele é um dos elementos que transcende à estória (ficção, folclore, mito) o que se deseja emitir (ou história, caso deseje passar à sua narrativa fatos reais, acontecimentos históricos e sua relação com o passado).
   É sabido que recebemos influência culturais de diversos meios diferentes, que nos moldam como seres pensantes e que nos permitem mesclar essas influências e a partir disso criar algo nosso. Por esse motivo, é fundamental que estejamos receptivos e que não ignoremos fatos simplesmente por pré conceitos antes criados. Todas essas influências que nos chegam formam nossa identidade ao longo do tempo.
   A cultura é produtora do que chamamos de imaginário social, ou seja, é a visão que a cultura tem dela própria. Quando dizemos que o Brasil é o país do futebol e do carnaval, estamos dizendo algo que já nos foi imposto culturalmente ao longo dos anos, não há mais margem para discórdias em relação à esse assunto, pois não se mexe no controle ideológico de uma sociedade.
   O cinema é o guardião do imaginário social. Ele possui o papel ritualístico de transmitir ao telespectador o ideal simbólico de determinada cultura e dar forma assim, ao imaginário. Ou seja, o cinema traduz numa linguagem audiovisual o que chamamos de imaginário social.
   Após analisado todo esse conteúdo, pode-se dizer que para se ter um roteiro bem elaborado, com narrativas concretas e estórias eletrizantes  que conquiste o expectador, é necessário ter uma bagagem cultural diversificada, pra que assim se possa elaborar projetos de valor.

   "Nunca se esqueça disso. Não existe assunto ruim, e sim história ruim."


1. Conceito / Estória / História

   O primeiro passo de todos, pra se obter uma narrativa cinematográfica, se inicia com a concepecão de uma ideia, que nem sempre surge de um estalo, mas que na verdade é fruto daquela bagagem cultural à qual já mencionamos anteriormente.
   Quando a ideia estiver definida, parte-se então para a elaboração do roteiro, que é dividido em várias etapas.
   Após este processo, se desenvolve o logline, que é o resumo de sua história em uma única frase.
   Ex.: Título: Como treinar o seu dragão 2.
   Logline: Cinco anos após convencer os habitantes de seu vilarejo que os dragões não devem ser combatidos, Soluço convive com seu dragão Fúria da Noite, e estes animais integraram pacificamente a rotina dos moradores da ilha de Berk. Entre viagens pelos céus e corridas de dragões, Soluço descobre uma caverna secreta, onde centenas de novos dragões vivem. O local é protegido por Valka, mãe de Soluço, que foi afastada do filho quando ele ainda era um bebê. Juntos, eles precisarão proteger o mundo que conhecem do perigoso Drago Bludvist, que deseja controlar todos os dragões existentes.


2. Sinopse / Roteiro

   Sinopse tem como meta estruturar uma narrativa. É uma narração breve e o primeiro passo pra organizar uma história em forma de roteiro.
   
   Roteiro é a narração estruturada de uma sequência de cenas, é a organização de ideias do criador, a representação do cenário da fantasia. Um bom roteiro segue tais itens: a) Estrutura- Apresentação do conflito (personagens, época, conflitos); b) Desenvolvimento; c) Solução (resolução do problema); d) Engajamento.

   Sua produção é dividida sempre em três atos:
   ATO I - Apresentação - personagens do enredo, época em que se passa, ano em que se passa, objetivos dos personagens e outros itens que definem o enredo.
   ATO II - Conflito - oposição aos personagens, conflitos da trama.
   ATO III - Resolução - a resolução dos conflitos apresentados.
Como toda boa história, início, meio e fim devem ser transmitidos (não necessariamente nessa ordem) para que a estória tenha fundamento.


3. Captação

Captação das cenas todas através dos planos (que já vimos em um outro post aqui =D ).


4. Montagem

Montagem métrica que passa a caracterizar a sequência.


Um bom enredo segundo James Scott Bell:
   Lead - personagens principais
   Objective - quais os objetivos dos personagens
   Conflict - que o personagem enfrenta até chegar ao objetivo
   Knockout ending - final coerente que gera impacto na história. Ponto de virada na trama.


   A construção narrativa é capaz de revelar valores e por vezes indicam práticas sociais e individuais, fomentam significados que atribuímos às nossas vidas, orientam formas pelas quais nos relacionamos com as coisas e com as outras pessoas.


Conteúdo desenvolvido como disciplina da matéria de Produção de Vídeo I, pelo professor Carlos André "Camarão". FAAL.

A luz como elemento decisivo.

     Ao se falar sobre projetos cinematográficos, fotográficos, entre outros, logo vem à mente toda aquele maquinário, aquelas câmeras todas, pessoas empenhadas em volta de um modelo, aquele caos. Muitas vezes é assim mesmo, um caos organizado, mas o que nunca falta em qualquer produção é a iluminação.
     A iluminação é essencial em qualquer projeto, pois a partir dela que se caracteriza determinada cena, determinada foto.
     Partindo desse pressuposto, não basta apenas saber que a luz é importante sem saber como utilizá-la. Sendo assim, seguem algumas explicações de tipos de luz e como entender suas temperaturas.

     As luzes naturais, como o nome já diz, são as luzes emitidas pelos raios de sol (fontes que mais se modificam, pois são influenciadas pelos horários do dia), são as luzes que estão no ambiente e que fazem parte dele, sem influência das luzes artificiais, que por sua vez são aquelas criadas, controladas (essa luz que cê compra mesmo ^^ ).
     Dentro da luz natural e da luz artificial, existem alguns truques que transformam a cena radicalmente, saca só:

  • Luz dura é a iluminação direta, sem qualquer influência de outras luzes e que atinge o objeto diretamente (dãã), deixando uma sombra muito marcada atrás e na frente uma luz intensa.

Luz Dura
  • Já a luz difusa é a luz dura, porém com um difusor acoplado, o que a torna mais branda, difundindo essa luz dura em algo menos pesado.

Luz Difusa

  • E por fim existe a luz suave, que é o rebatimento da luz a um determinado objeto (existem os rebatedores e os isopores, que possuem a mesma finalidade e auxiliam muito em produções), atingindo esse objeto indiretamente, e não diretamente, como nos outros dois exemplos acima.
Exemplo de uso de rebatedor




    Espectro da Luz



    Já falamos sobre os tipo de luz. Que tal ficar claro como funciona o espectro visível da luz? =)
   Com a evolução da Física ao longo dos anos, os cientistas perceberam que a luz possui um comportamento similar ao das ondas eletromagnéticas, a luz é uma oscilação e se propaga no vácuo com uma certa variação no tempo (frequência). Para mais, link disponível aqui
    

    Quanto mais alta a temperatura de cor (espectro de luz), mais fria a luz, sendo assim, mais azulada / esverdeada será o tom da cor da imagem. Exemplos que podem ser citados são as luzes incandescentes e o sol das 12 hrs (quando ele atinge o pico do céu, horário mais intenso).




    Quanto mais baixa a temperatura de cor, mais quente a luz, ou seja, mais avermelhado/ amarelado será o tom da imagem. Exemplos são as chamas de vela, nascer e o por do sol.





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     Notamos que independente da técnica, a iluminação é um fator importantíssimo para a elaboração de qualquer produção.


     Algo que se deve frisar: nenhuma luz é “melhor” por si só. Cada uma deve ser usada em uma situação dependendo do resultado que você procura, e a junção destas luzes transmite os ideais, ideias e os sentimentos à essa produção.


Conteúdo desenvolvido como disciplina da matéria de Produção de Vídeo I, pelo professor Carlos André "Camarão". FAAL.

sábado, 6 de setembro de 2014

A sensação.

Inicialmente, o desespero era iminente.
Aquela sensação do fracasso, de que não seria possível se conseguir um resultado satisfatório, ou no mínimo, um resultado!
Até porque, não era tão fácil quanto diziam, quanto faziam.
Mas ao longo do processo, ao longo do 'arrasta, deleta, c, v, arrasta de novo, deleta tudo e recomeça, clica duas vezes, ai caramba..', a noção de que algo entrou na sua caixola começa a fazer com que aquilo soe quase como uma coisa mágica.
Cara, tô EDITANDO! Comassim?
É isso mesmo.
Pegando uma ferramenta que nunca havia sequer pensado que usaria, (painelzinho complicado aquele não?), e criando algo novo, algo seu =)

Mágico mesmo é ver o resultado nascendo aos seus olhos, brotando ali, que nem uma nascentezinha fraca.


A claro, o final é o que vale a pena de verdade :P
Clique aqui para ver o vídeo.

Obs.: primeiro vídeo editado no Adobe Premiere (eu sei que pra você, senhor sabichão, isso é fichinha, mas adivinha só, foi dahora =D )


Conteúdo desenvolvido como disciplina da matéria de Produção de Vídeo I, pelo professor Carlos André "Camarão". FAAL.

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Pla-no, plano, planos..

aula de produção de vídeo, O relato.
Aula 02.

A noção de enquadramento é a mais importante da linguagem cinematográfica. Através dela, se transmitem linguagens corporais, emoções, sentidos, sentimentos, enfatizam-se expressões.

Plano geral mostra como um todo o ambiente em que se deseja transmitir; uma perspectiva geral do ambiente do objeto em cena. Plano médio destina-se a mostrar uma visão um pouco mais média detalhada do objeto, mas ainda dando espaço à cena. Plano detalhe é o enfoque completo do objeto na cena; Plano americano é destinado a enquadramentos da altura do quadril pra cima bang bangPlano de conjunto é destinado a cenas com mais de uma pessoa.

Assistir a uma produção cinematográfica hoje, quer dizer muito mais do que um simples filme. São equipes por trás de cada detalhe, meses de produção, de dedicação. E nem sempre as falas transmitem tudo o que se deseja passar, neste momento, os planos falam por sim só ;)


Conteúdo desenvolvido como disciplina da matéria de Produção de Vídeo I, pelo professor Carlos André "Camarão". FAAL.

Ah os sentidos..


     Em uma busca constante do saber, do sentir, deparamo-nos com divergências diárias, momentâneas, que nos fazem buscar sempre mais. Nesse mais, somos bombardeados com referências distintas, de infinitas maneiras, sobre diversos sentidos.
     No meio do bombardeio, filtrar as informações que nos são oferecidas e torná-las úteis de alguma maneira, demandam seriedade nessa coisa toda, porque às vezes, ver é tão mais prático que olhar, tão mais fácil, que deixamos de praticar tal ação simplesmente pela falta de prática ou até mesmo pelo excesso de informação a que somos submetidos diariamente.

Então, como finalização, dispa-se de todos e quaisquer preconceitos, pré-conceitos ou conceitos, pois a partir desse momento, o olhar lhe fará perceber o imperceptível.


Conteúdo desenvolvido como disciplina da matéria de Produção de Vídeo I, pelo professor Carlos André "Camarão". FAAL.